domingo, 18 de junho de 2017

Encontro com o escritor Joaquim Santos


·        No 5 de junho recebemos na nossa escola o Professor Joaquim Santos que escreveu o seu primeiro livro intitulado “Gémeos e a Arca do tempo-  A Moura encantada. “


Aproveitamos para sugerir a leitura deste livro que nos conta uma aventura vivida por 2 irmãos, o Vasco e a Violeta. 
Estes gémeos tinham dois vizinhos muito amigos, o Luís e a Leonor.

Como todas as crianças da sua idade, eles adoravam brincar juntos, correr pelo campo, colher fruta no pomar e brincar com os animais.

No inverno, como o tempo não lhes permitia brincar na rua, depois dos trabalhos de casa, juntavam-se no sótão da casa dos gémeos. Adoravam remexer nos brinquedos antigos que por lá estavam guardados. Enquanto lá estavam, o tempo parecia correr.

Certo dia, fizeram uma grande descoberta: uma velha arca, fechada a cadeado que os deixou muito curiosos.

No dia seguinte, na escola, o tempo parecia não passar, e os quatro amigos só pensavam no momento de conseguirem abrir a arca e no que poderiam lá encontrar.

Já no sótão procuraram um martelo e, ao fim de algumas tentativas, lá conseguiram que o cadeado cedesse. Em conjunto, os quatro amigos colocaram as mãos na tampa da arca e, ao mesmo tempo, levantaram-na. Lá de dentro saiu uma luz muito forte e brilhante que os deixou como cegos. Cada vez estavam mais curiosos.

Não vamos continuar a contar-vos a história, queríamos só despertar-vos o interesse pela leitura da mesma. 


 Relembrámos a história que já conhecíamos.
Colocámos questões.






                                          


 Apresentámos uma história criada por nós "Os Gémeos e a Arca no Tempo - O Milagre das Rosas"




                                        Tirámos uma foto de grupo.




                                            O Autor autografou-nos os livros.


 "OS GÉMEOS E A ARCA DO TEMPO - O MILAGRE DAS ROSAS"


No dia 30 de maio, os quatro amigos, ao abrirem novamente a arca, voltaram a ficar encandeados com a luz intensa que vinha lá de dentro. Quando abriram os olhos, repararam que já não estavam no sótão lá de casa mas sim junto de um castelo muito antigo. Ficaram maravilhados com este monumento, com as pessoas que aí viviam e a forma estranha como se vestiam. Olharam uns para os outros e o Vasco perguntou:

- Onde nos encontramos? Alguém tem alguma ideia?

 - Não faço ideia! Para onde é que a arca nos transportou? - Perguntou a Leonor.

A Violeta sugeriu:

- E se fôssemos perguntar àquelas pessoas que se dirigem para a igreja?

- Não te esqueças que estamos invisíveis! – Responderam os outros em coro.

De repente, começaram a ouvir muito barulho, trompetes a tocar e muita gente, muito bem vestida, que saía de uma casa que tinha um brasão enorme, com uma coroa, mesmo por cima de uma imponente porta.


Era visível uma grande agitação entre a população daquele reino. Todos queriam ver o rei e a sua corte que ia a passar. Ao ouvirem aclamar o rei “Viva El-rei D. Dinis” e porque já tinham estudado a História de Portugal, facilmente perceberam que estariam no séc. XIII no reinado do Rei D. Dinis.

A Violeta, que adora História, lembrou-se da professora ter contado que no século XIII viveu em Estremoz um rei chamado Dinis com a sua esposa, uma senhora muito bondosa, de seu nome, Isabel de Aragão.

- Reparem que acabou de sair pela porta lateral do palácio uma bela senhora que, um pouco a medo, se dirige para uma casa ali próxima – alertou a Leonor.

- E se a seguíssemos para descobrirmos para onde vai?

Assim, não perderam tempo e puseram-se todos atrás daquela bela senhora.

Levava no seu regaço qualquer coisa que decididamente não queria que vissem. Que mistério, parecia esconder algo!

- O que será que ela esconde?- Perguntou o Luís.

          - Não veem que ela vai um pouco nervosa?- Observou a Violeta.

- Por que será que ela não segue o cortejo da corte se ela saiu do palácio? – Perguntou o Vasco muito intrigado.

          Entretanto, os amigos que estavam mesmo muito curiosos em saberem o que é que se passava com esta senhora seguiram-na. Repararam que ela quando se cruzava com os habitantes do castelo, escondia a cara para não ser reconhecida. A bela senhora andava depressa e afastava-se a largos passos da zona onde estava a corte. Não falava com ninguém e dirigia-se para a zona mais pobre do castelo. Nesta zona, viviam os habitantes mais pobres, os mais desfavorecidos e os doentes

- O que é que esta senhora com aspeto tão nobre vem fazer para esta zona que até mete medo? - Perguntou a Violeta que estava arrepiada com o que via.

- Será que ela não tem medo que lhe possam fazer mal? – Disse a Leonor que era muito medrosa.

As pessoas assim que a viram aproximar-se vieram logo ao seu encontro ordeiramente e com muito respeito. Uns sorriam, outros choravam e outros ajoelhavam-se. Via-se que não lhe iriam fazer mal, respeitavam-na e estavam habituados a esta visita.

- Quem será esta donzela e o que é que veio aqui fazer? – Questionaram-se todos ao mesmo tempo.

A Violeta ao observar esta cena calou-se e de repente exclamou muito entusiasmada:

- Já sei quem é!

        - Ou será que estou enganada mas, pela sua beleza parece ser a mulher do rei D. Dinis, a rainha Isabel de Aragão – disse a Violeta radiante.

Entretanto, viram a senhora aproximar-se dos pobres, ocultando alguma coisa do seu marido, o rei D. Dinis.

Ao acercar-se dos pobres famintos, vítimas da forma como o rei exercia o seu reinado, observaram que ela tirou do seu regaço, pão para matar a fome àquelas pobres pessoas, que o aceitavam e agradeciam.

       - Já me lembro – disse o Luís – tudo isto era feito sem o consentimento e até desobedecendo às regras impostas pelo seu senhor.

       - Lembram-se quando a nossa professora falou desta personagem histórica?- Referiu a Leonor.

       - É verdade era uma rainha que revelava ser uma pessoa com muitos bons sentimentos e que sofria amargamente com a forma como as pessoas viviam o seu dia a dia – Afirmou o Vasco.

De repente, nesse dia, aconteceu o inesperado, o rei desconfiado, apareceu e apercebeu-se que algo de estranho estava a acontecer e perguntou:

       - Minha rainha, o que levais no regaço?

       - São rosas senhor, são rosas!

       - Rosas em janeiro?

E ao abrir o regaço foram rosas que de lá caíram. O pão transformou-se em rosas.

Os amigos estavam espantados pois acabaram de assistir ao milagre e ficaram a saber que a partir desse dia a rainha passou a chamar-se Rainha Santa Isabel.

- Vasco, Violeta, está na hora do jantar. Onde estão?

- Sim mãe, vamos já!

- Que grande aventura, mas vamos guardá-la só para nós, está bem?



Turmas B, C e E







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