quinta-feira, 17 de novembro de 2016


Veiros e a sua história


A nossa terra é uma das localidades, do concelho de Estremoz,com mais história, por isso, enquadrado no tema " O Passado do Meio Local", pesquisámos sobre ela e queremos que todos a conheçam. 




Veiros é uma freguesia do concelho de Estremoz, situada na vasta planície Alentejana. É caracterizada pelo branco casario rural e pelo seu altaneiro castelo.
É uma povoação bem antiga, apresentando vestígios de ocupação Romana, tendo sido reconquistada aos Mouros em 1217 por D. Afonso II, que terá doado estes domínios à Ordem de Avis, altura em que o Castelo foi fundado.
A nossa terra apresenta interessantes monumentos como o Castelo, a renascentista Igreja Matriz ou Igreja de São Salvador, provavelmente fundada no século XIII, a bonita Igreja de Nossa Senhora da Mileu (século XIII/XIV) ou o belo Pelourinho renascentista construído em 1539.



O Castelo  


No Castelo de Veiros, (cuja fundação é atribuída aos Romanos) teve origem a Casa de Bragança, pois nele nasceu, em 1377, o primeiro Duque de Bragança, D. Afonso, filho do Mestre de Avis e D. Inês Pires, natural de Veiros, filha de Pêro Esteves, o “Barbadão”.
O Castelo de Veiros tinha quatro portas, ligadas por fortes muralhas. Uma delas teve a Torre de Menagem, considerada uma das mais altas e fortes de Portugal, podendo ainda ver - se, em parte, essas fortificações, apesar de terem sido destruídas por ordem de D. João de Áustria, nas lutas pela independência.



O Pelourinho



 Na Praça Marquês da Praia e Monforte encontra-se o pelourinho (Monumento Nacional). Construído integralmente de mármore branco de Estremoz, numa plataforma de três degraus. É formado por uma coluna Pilar, estilo Renascentista, com  quatro cabeças de anjos. Como vestígios evidentes, subsistem os espigões de ferro, dos ganchos ou argolas, onde eram castigados os condenados.
         


Veiros é também rico em lendas 

A Lenda do Barbadão

Em Veiros vivia um sapateiro que tinha uma filha muito linda chamada Inês Pires.
Um dia, D. João I, Mestre de Avis, ao ver a bela rapariga apaixonou-se por ela e ela por ele. Mas o pai dela, Pêro Esteves, não queria que a filha namorasse com alguém que era de outra classe social.
No entanto, todos os dias os dois se encontravam, às escondidas, ao pé de uma fonte à qual se deu o nome de Fonte dos Amores.
Deste amor nasceu, em 1377, o primeiro duque de Bragança, D. Afonso.
Quando Pêro Esteves descobriu esta relação teve tão grande desgosto que nunca mais a quis ver e jurou  que nunca mais cortaria a barba. E assim lhe passaram a chamar o Barbadão.
O Túmulo do Barbadão encontra-se ainda na igreja da senhora do Mileu, nesta freguesia.


Lenda de Nossa Senhora do Mileu


Certo dia, os Cristãos, postos em debandada pelos Mouros, fugiam em desordem para a Vila quando, sem verem como nem de onde, lhes apareceu uma mulher.
Vestida com grande simplicidade, era muito afável, e trazia sobre o braço esquerdo uma criança que sorria para os Portugueses, desfalecidos e cheios de medo.
A mulher aparecida, parou em frente dos cristãos e falou-lhes assim:
- Atrás Portugueses, para cada mil eu! Eu combaterei por vós!
- Para cada mil eu ! -Exclamaram todos a um tempo e animados com estas palavras retrocederam, e conseguiram vencer o inimigo.
Os Cristãos, tomados pelo entusiasmo por tão inesperado triunfo, voltaram a Veiros, entoando todos a uma voz:
- Mil eu!  Mil eu!
E assim surgiu Nossa senhora do Mileu como protectora dos Veirenses.


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